Chegada das Aves!

Chegada das Aves!

? Onde estão os meus cadernos?

Procuro-os dispersos, na dispersão dos muitos "quereres" soltos, sobrepostos, inquietos ... Ser poético! Poema vivo!

Tentativas de palavras que tragam à superfície o "eu", os "eus", nocturnos, submersos, que me habitam!

As teias que procuro tecer ... encontram e desencontram-se dos fios frágies, luminosos, que se enrolam, fogem, ou simplesmente efémeros deixaram de existir ...

Habito para além do corpo, do meu corpo, um tempo arquétipo povoado de seres mágicos, poéticos, que abraçam as pedras e as transportam sem descanço, até ao alto da montanha, onde rezam, choram, amam até à combustão do corpo ... e à chegada das aves!!

domingo, 23 de maio de 2010

"nesga de azul"


da noite o brilho riscado
do céu, hoje
azul, intenso azul
cresceu ... para morrer depois
contra as linhas duras
da caixa
arrumada,organizada, sólida, pregada ...
onde não cabe o desabrochar,o renovo
fora do tempo,
do lugar predefenido
o vestido desalinhado
amoda fora de moda
do tempo inventado,
moldado
pelo sangue do poeta
...
a vida!
ficou lá
agarrada à estereotomia da calçada